Dilmão, queridona!
Saudades! Mais de três meses sem falar contigo, caríssima! Andei atarefada e não tive tempo de acompanhar suas estripulias sapatônicas, mas minhas leitoras queridas adoram uma fofoca lésbica e não me deixam perder nada que você apronta.
A querida Crisantemus me contou que você saiu por aí pilotando sobre duas rodas nas pistas da capital federal. Nem preciso dizer o quanto adorei saber que você libertou seu lado lesbian easy rider de ser, né? Afinal, tem coisa mais sapatão que motocicleta?
Mas o que eu quero mesmo saber é: se o Palácio do Planalto diz que você não tem carteira, nem sabe pilotar, como saiu por aí de moto? Estou achando que você estava mesmo é na garupa de alguma sapata aventureira, sua safada! Foi pra balada na surdina e enganou até a segurança, né? Aposto que deu uma escapadinha para algum bar gay para tomar umas brejas com a mulherada!
Que pena que ninguém registrou esse momento! Dava tudo para vê-la de casaco de couro, coturno e luvas! (Só não sei como você conseguiu acomodar o topete no capacete...).
Com beijos estalados com som de ronco de motor, despeço-me.
Alice
3 comentários:
ADOOOOOOOOOOGOOOOOOOO!!!! ^^
kkkkkkkkk muito bom!!! a primeira coisa que pensei quando fiquei sabendo dessa historia, foi quando que vc ia escrever a carta falando sobre o ocorrido kkkkkkkkkkk
O machismo no Brasil é tão forte, mas tão forte, que mulheres que se destacam na sociedade, na profissão, mulheres fortes, são vistas como lésbicas. O mesmo acontece com os homens: se eles são sensíveis, trabalham em profissões consideradas femininas, ou resolvem ser donos de casa e cuidar dos filhos, são vistos como gays.
Como lésbica, fico envergonhada de ler/ver tantas lésbicas preconceituosas, dadas a ler o outro com um olhar estereotipado.
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