Um fenômeno que eu tenho observado entre as sapas, e já há algum tempo, é o dos relacionamentos muito ruins que teimam em não acabar. Amigas em casamentos fracassados que não conseguem colocar um ponto final na relação. Casais onde a traição é frequente, e o sexo só acontece fora de casa, mas que não se separam. E tantos outros casos semelhantes.
Comentando sobre o assunto com Rainha Branca, chegamos a uma conclusão: sapas são muito apegadas. E este apego se manifesta de duas formas: apego de início e apego de fim.
O apego de início é aquele da piada clássica do caminhão de mudanças no segundo encontro. Aquelas duas que tomaram um chope hoje e amanhã já estão no abrigo de animais, adotando 3 gatos para a casa que será alugada depois de amanhã. Enquanto (a maioria dos) gays pescam alguém na noite somente para sexo pós-balada e nem querem saber de repetir figurinha depois, sapas querem compromisso. (Antes que vocês protestem: sim, eu sei que há exceções – homens gays em casamentos longos e mulheres gays v1d4 l0k4 pego-todas-e-não-me-apego-a-nenhuma). Quando juntas, a união de duas sapas é mais forte que a das ligações de hidrogênio. O que nos leva ao apego de fim.
O apego de fim é aquele dos namoros que sempre terminam, mas que não terminam nunca (o separa-volta-separa-volta, em loop). Este apego faz com que os relacionamentos durem ad infinitum, mesmo quando estão péssimos e nenhuma das duas sente mais prazer na companhia da outra. Quando não há mais gestos de carinho, e toda conversa vira uma guerra verbal mais sangrenta que episódio de Game Of Thrones. Mas ainda assim, elas não terminam.
Eu e Rainha acreditamos que o apego excessivo seja a causa de muito sofrimento. Por isso, estamos lançando a campanha “OLX Sapatão”. Funciona assim: se seu relacionamento tá uma merda, você simplesmente... desapega! A sapa que você não ama mais pode ser reaproveitada por alguém.
Desapega! |